Sobre Psicanálise em curso
Tive uma introdução de Freud, e agora conhecendo Jung, os arquétipos..., e depois virão Lacan e outros. Jung nos aponta um parceiro ou algoz inseparável, a Sombra, a nossa sombra, que para Freud é o nebuloso inconsciente, onde habita todas nossas forças e fraquezas, nossos rancores, medos e incertezas, e principalmente suas claras motivações, as quais desconhecemos suas causas e manifestações, por isso conhecer essa Sombra nos possibilita usá-la a nosso favor, transformando-a numa companheira ao invés de uma carrasca. Sem conhece-la, permacemos num constante labirinto, num abismo infindável por mais que nos mostremos normais: a verdade está lá dentro e não lá fora, e nos massacra se não buscarmos trazê-la para nosso lado.
Ao mesmo tempo, sigo em terapia e vou buscando em mim quem sou realmente, por que sou assim, por que me manifesto ou reajo de determinada forma, e aos poucos vou descobrindo um menino que um dia viu à sua frente uma enorme armadura de aço e se escondeu nela, e lá tem se mantido, porém existe um grande espaço entre ele e a armadura, e esse espaço oco, vazio, distante, intrigante... é a grande causa dos tormentos existenciais, que se manifestam diurtunamente interna e externamente e resultam o que tenho sido. Conhecer esse eu profundo é apavorante, mas também, pode (e deve) ser muito libertador. O grande enigma é fazer a criança crescer e ocupar todos os espaços na armadura, ou sair da armadura de aço que projeta o que talvez não seja eu, ou ainda, deixar o espaço oco, nebuloso dominar? Daqui em diante, tá por minha conta, já começo a saber o que sou e por que tenho sido. Qual preço pagar, ou melhor, que fatura desejo pagar?
Psicanalise é o confronto consigo mesmo num duelo, um trielo..., mortal, não necessariamente com mortes, do eu que é, com o eu que está, e com o eu que pode ser. Freud, Jung... até explicam, mas o tiro é você quem dá. Definitivamente, terapia não é para os fracos. A cada sessão um soco na mente, a cada aula uma visão do coletivo. Depois de ambos, um choque com minha insignificância, e aos poucos vou me resgatando de mim pra mim mesmo.
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